terça-feira, 27 de agosto de 2013

Perigos que Ameaçam o Casamento

Por: Hernandes Dias Lopes

O casamento é obra divina. Foi Deus quem instituiu o casamento e estabeleceu princípios para regê-lo. O casamento é um mistério. Nem mesmo as mentes mais brilhantes conseguem compreendê-lo plenamente. A felicidade no casamento só é alcançada através de muito esforço e constante renúncia, muito investimento e pouca cobrança, muito elogio e cautelosas críticas. Muitos casamentos adoecem e morrem, porque em vez dos cônjuges serem governados pela verdade, acabam sendo enganados por alguns mitos. Levantarei aqui alguns desses mitos:
Em primeiro lugar, eu preciso encontrar a pessoa perfeita para me casar. Essa pessoa não existe. Não viemos de uma família perfeita, não somos uma pessoa perfeita e nem encontraremos uma pessoa perfeita. Além disso, essa ideia já parte de um pressuposto errado, pois é uma afirmação tácita de que já somos uma pessoa perfeita e que o nosso cônjuge é quem precisa se adequar a nós. Esse narcisismo é erro gritante. Produz uma auto-avaliação falsa e inevitavelmente deságua numa relação conjugal adoecida.

Em segundo lugar, se meu cônjuge me ama nunca vai sentir-se atraído(a) por outra pessoa. Há muitas pessoas que depois do casamento descuidam-se da sua aparência. Esquecem-se de que o amor precisa ser constantemente regado e o relacionamento constantemente cultivado. É sabido que os homens são atraídos por aquilo que veem e as mulheres por aquilo que ouvem. Sendo assim, as mulheres precisam ser mais cuidadosas com sua aparência física e os homens mais atentos às suas palavras. A mulher precisa cativar constantemente seu marido e o marido precisa conquistar continuamente sua mulher. Qualquer descuido nessa área pode ser fatal para a felicidade e estabilidade do casamento.

Em terceiro lugar, se meu cônjuge casou-se comigo nunca vai esperar que eu mude. Um cristão não pode adotar o slogan de Gabriela: “Eu nasci assim, eu cresci e eu vou morrer assim”. A indisposição para mudança é um perigo enorme para a felicidade conjugal. Não somos um produto acabado. Estamos em constante transformação. Somos desafiados todos os dias a despojar-nos de coisas inconvenientes e a agregarmos valores importantes à nossa vida. A acomodação no casamento é um retrocesso, pois num mundo em movimento, ficar parado é dar marcha ré. A vida cristã é uma corrida rumo ao alvo. Nosso modelo é Cristo e todos os dias precisamos ser mais parecidos com Jesus. Para isso, precisamos abandonar atitudes pecaminosas e adotar posturas piedosas.
Em quarto lugar, se meu cônjuge me ama, não vai ficar aborrecido com minha possessividade. Ninguém é feliz no casamento perdendo sua individualidade. Ninguém sente-se confortável sendo sufocado. Ninguém tem prazer em viver no cabresto, sendo vigiado a todo tempo. O ciúme é uma doença. Uma doença que se diagnostica por três sintomas: uma pessoa ciumenta vê o que não existe, aumenta o que existe e procura o que não quer achar. Embora marido e mulher devam respeito e fidelidade um ao outro, não podem viver sendo monitorados o tempo todo. Casamento pressupõe confiança. A insegurança produz a possessividade e a possessividade gera o controle e o controle estrangula a relação.

Em quinto lugar, se meu cônjuge me ama, nunca vai discordar de mim. O casamento não é a união de dois iguais. Homem e mulher são dois universos distintos. A ideia de almas gêmeas é absolutamente equivocada. O impressionante do casamento é que, sendo tão diferentes, homem e mulher são unidos numa aliança indissolúvel, para se tornarem uma só carne. As diferenças existem, entretanto, não para destruir o relacionamento, mas para enriquecê-lo; não para separar o casal, mas para complementar a relação conjugal.

Em Cristo,

Edmilsom Santos 

sábado, 8 de junho de 2013

TEOLOGIA, UM CHAMADO PARA O CRESCIMENTO


Base bíblica: Salmos 96.1-13

AS BENÇÃOS AO ESTUDARMOS TEOLOGIA

1. A benção de conhecermos ao Senhor (Jr.9.23,24)

Teologia significa: estudo de Deus, conhecimento de Deus. Neste texto encontramos o Senhor nos desafiando: "em me conhecer e saber que eu sou o Senhor"

Há jovens que têm uma ideia distorcida de teologia, como algo maçante e enfadonho. Não existe nada mais glorioso e incomparável do que conhecer a Deus, o único e verdadeiro Deus!

Não é o conhecimento das coisas deste mundo, nem das riquezas ou poder, mas conhecer ao Senhor, Aquele que diz: "faço misericórdia, juízo, e justiça na terra; porque destas coisas me agrado".

2.  A bênção de nos envolvermos com o Senhor (Jó 42.5)

Teologia bíblica não se limita a descrever Deus, mas nos leva a um relacionamento com o Senhor. Em outras palavras:

• não é só teórico, é prático;
• não é só conceitual, é vivencial;
• não é apenas definição, é comunhão;
• não é apenas mente, é também coração;
• como diz Jó 42.5, não é apenas "ouvir", é
também "ver".

Quando teologizamos, somos desafiados na nossa intimidade com o Senhor. Se o seu conhecimento de Deus for pequeno e superficial, não haverá confiança e envolvimento total.

Pode surgir ainda o sentimento de decepção com Deus. Pessoas que tendo um conhecimento incompleto e distorcido de Deus criam expectativas que, ao não serem cumpridas, frustram, levando à rebeldia contra o Senhor.
Estude teologia, este é o desafio, pois com certeza sua vida, seu relacionamento com o Senhor vão mudar! É bênção!

3. A bênção de servir ao Senhor (Is 6.1-13)

Isaías buscou ao Senhor, conheceu mais ao Senhor, e como resultado desta "VIVÊNCIA TEOLÓGICA":

A. conheceu a si mesmo - "ai de mim, sou pecador” – quando mais conhecermos ao Senhor Deus com toda Sua glória, poder e santidade, mais vamos nos conhecer com toda nossa miséria e pecaminosidade;

B. conheceu a graça do Senhor - "a tua iniquidade foi tirada". Conhecer ao Senhor é vivenciar Sua graça, perdão e misericórdia;

C. conheceu o servir ao Senhor - "eis me aqui, envia-me a mim". Teologia é prática. Foi o que aconteceu com lsaías, ouviu a chamada de Deus e se colocou à disposição para servir a este Deus.

Isaías não se limitou no conhecimento teórico de Deus. Como resultado dessa experiência com o Senhor, passou a servi-Lo, ainda mais.
Igreja, estudar teologia bíblica é bênção para sua vida: ultrapassa o teórico, transforma, santifica, exalta o nome do Senhor. Além disso, deixa claro que devemos nos humilhar e dedicar nossas vidas a Deus, Senhor do Universo.

Um convite, VAMOS ESTUDAR TEOLOGIA!

Em Cristo,

Edmilson Santos

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

"Dicas Para o Professor da Escola Bíblica Dominical" (parte 2)



Que é Ensinar?

Ensinar não é apenas narrar fatos, porque o aluno não compreende tudo que ouve, e neste caso seria difícil mantê-lo atento; não é a repetição de frases decoradas e recitadas como uma "ladainha". Ensinar pode ser definido assim: é despertar a mente do aluno para captar e reter a verdade. É mais que partilhar com outros as verdades que possuímos; é motivá-los a pensar por si mesmos, de tal modo que cheguem aos fatos. Para conseguir o propósito exposto nesta definição, é necessário seguir quatro princípios que são o verdadeiro fundamento do ensino, e que abarcam todas as regras relativas ao ensino. Teremos neste estudo a explicação destas regras de uma maneira simples e clara. Em outras palavras, aquele que deseja ensinar corretamente, com eficácia, não só deve fixar-se nestes quatro princípios, mas deve também colocá-los em prática.

l. O professor tem que fazer com que o aluno pense por si mesmo
É necessário que o aluno use suas ideias e palavras, chegando a conclusões próprias; que aprenda a lição por si mesmo, descobrindo por si as verdades que você quer ensinar.
Que quer dizer a palavra "educar"? Literalmente quer dizer "tirar sutilmente" por meio de perguntas ou sugestões o que está na mente do aluno, e conduzi-lo às atividades de que ele é capaz. Em outras palavras, a educação não fabrica a máquina; apenas a faz funcionar. O professor mais competente é o que capta a atenção do aluno, desperta sua inteligência, engendra o interesse e o desejo de aprender; e então, coloca diante dele o material com o qual possa formar conclusões próprias.
Ensinar não é encher a mente de conhecimento, como se enchia antigamente um fogão a carvão, mas aproveitar as matérias-primas através de perguntas, sugestões e ideias oportunas; em outras palavras, tenta-se fazer funcionar a máquina da inteligência para que dê o produto ou resultado final; o pensamento bem racionalizado.
"Aprender é ensinar-se a si mesmo." Um professor experimentado escreve: "Devemos permitir que este instinto trabalhe livremente nos alunos." Não descubra você a verdade; é melhor ocultá-la um pouco e guiá-los por meio de perguntas hábeis, motivando-os bastante para que a descubram por si mesmos, tenham o prazer de levantar o véu e encontrar por seu próprio esforço a verdade que você tenta ensinar. Não importa que pensem que descobriram a verdade sem sua ajuda. Isto não deve incomodá-lo, pois o importante é fazê-los pensar e raciocinar; não se concentre no muito que você sabe, mas em quão maravilhosa é a verdade.
Seu triunfo ocorrerá no momento em que um de seus alunos vier contar-lhe da grande descoberta que ele fez, e ao mesmo tempo você constatar que é exatamente o que você queria que ele aprendesse. A glória suprema de ensinar é fazer com que o aluno creia não que você ensina a ele, mas que ele é que ensina a você. Que você estimule a atividade intelectual de seu aluno, fazendo-o descobrir as verdades por si mesmo.
É possível que você se lembre de um grande professor de sua juventude que ficou de pé lá fora, humildemente, enquanto você entrava no novo castelo da verdade através de uma porta que ele abrira em silêncio para você.

2. O professor tem que explicar as novas verdades baseado em verdades que o aluno já compreendeu
Ensinar é explicar o novo baseando-se no antigo, isto é, o desconhecido em relação ao conhecido; o difícil em relação ao fácil; o obscuro em relação ao claro. Este é o único meio de chegar-se ao conhecimento verdadeiro das coisas, e o melhor método para sua compreensão; porque cada nova ideia tem de ser relacionada com o material que o aluno já possui na mente.
Por exemplo, pergunto à minha classe: "Quantos já ouviram falar dos Chasidim?" Não recebo nenhuma resposta, apenas olhares vazios, pois meus alunos não sabem se os Chasidim são um partido político, uma doença ou uma nova marca de margarina. Este nome é algo muito novo para eles, e não desperta nenhuma imagem em sua mente. Mas suponhamos que explico então que Chasidim é o nome de uma seita judia, na Europa Central, que acredita na manifestação visível do Espírito Santo e ensina que a religião deve ser mais vital e emocional que a que é praticada por outros judeus. Visto que professa um ideal mais elevado, poderíamos descrevê-la como um movimento de santidade na sinagoga judia.
Será que agora os alunos compreendem quem são "os Chasidim"? Sim. Por quê? Porque usei ideias e termos que conhecem. Eles usaram suas próprias faculdades mentais para explicar a palavra. A palavra estranha já não é "tão" estranha; foi apresentada pelo professor por meio de dados conhecidos dos alunos. Neste caso passamos do desconhecido ao conhecido.
Suponhamos que queremos dar a uma criança de cinco anos uma ideia da forma da terra. Você acredita que a criança nos compreenderia se disséssemos: "A terra tem forma esférica"? Claro que não, porque essa seria uma explicação muito abstrata para uma criança. Ela não compreenderia nada. Ao contrário, se você lhe disser que a terra em que vivemos é uma bola muito grande, redonda como uma laranja, é quase certo que ela vai captar a ideia, porque você lhe ensinou algo novo, baseando-se em um conceito que ela já conhece.
Resumindo, o professor eficiente realizará sua tarefa baseando-se sempre em verdades e imagens que seus alunos já conhecem, e as associará para ajudá-los a descobrir novas verdades.

3. O professor deve levar em conta o desenvolvimento mental de quem receberá a lição
Isto é importante, para que você adapte o tema à capacidade do aluno, à sua idade e experiência. Por exemplo, ao ensinar em uma classe de pequeninos, você jamais deve falar de "regeneração", ou de "arrebatamento antes da tribulação", porque estes são termos abstratos que as criancinhas não compreenderão. Você deve compartilhar as verdades, subentendidas nas palavras teológicas, de uma forma que possam ser assimiladas pelas mentes tenras das crianças, e que lhes atraia a atenção e o interesse.
Paulo, o apóstolo, usou este princípio. Ele tinha apenas um evangelho para judeus e gentios; mas estude seus sermões no livro de Atos, e você poderá notar" que ele servia alimento divino de um modo aos judeus e de outro aos gentios. Certa vez ele relacionou o evangelho com as doutrinas do Antigo Testamento, e os judeus entenderam perfeitamente; e em outra ocasião relacionou o evangelho com o "livro da natureza" e os gentios compreenderam também.
O verdadeiro professor conhece e compreende as peculiaridades, os interesses e as atividades que pertencem a cada período do crescimento e desenvolvimento de seus alunos, e adapta seu ensino conforme o caso que se apresente, e de acordo com o desenvolvimento moral e espiritual deles. É preciso ajustar o microfone segundo a altura do orador. Se o orador anterior media 1,80 m e o próximo mede 1,60 m, o microfone é ajustado de acordo. Grande parte da habilidade do professor consiste em saber adaptar os ensinos espirituais à altura espiritual de seus alunos.

4. O professor fará o possível para relacionar a nova lição à anterior
Para associar ideias e conhecimentos na mente do aluno e promover um entrosamento uniforme e perfeito dos ensinos e doutrinas da Bíblia, é de suma importância que você relacione uma verdade com outra verdade, uma doutrina com outra doutrina e um acontecimento com outro acontecimento.
Sua tarefa de professor não é sobrecarregar o aluno de informações; ao contrário, você, a cada domingo, terá de dirigir amorosamente a construção de um edifício simétrico, o do caráter cristão, cujas bases descansam em verdades bíblicas. E para fazer isto, é necessário que você possua as "radiografias" para que possa trabalhar inteligente e eficazmente, obtendo os melhores resultados segundo o objetivo que você está perseguindo.
Falando em sentido figurado, se você, professor, quer conseguir pleno êxito no ensino, é preciso que escale a montanha da oração e do estudo. No topo da montanha você recebe o modelo divino para a edificação do tabernáculo do caráter e conhecimento de cada aluno. Então, como Moisés, você ouve a voz de Deus admoestando-o: "Vê que os faças conforme o modelo que te foi mostrado no monte." Êxodo 25:40.
Permita-me ilustrar este princípio supondo que a série de lições para o trimestre trate da vida de Cristo. Você está pronto para começar sua lição. Em certo ponto da introdução você dirá: "Hoje vamos estudar o Sermão do Monte, o qual nos ensina as leis do reino. Olhemos por uns momentos para trás e vejamos o quanto estamos adiantados na história do Rei. Em nossa primeira lição, consideramos a descida à terra e a natureza celestial do Rei; na lição seguinte vimos como o Rei foi recebido pelas diversas classes sociais; depois nos foi descrito o grande profeta que era o anunciador do Rei; e mais tarde, na lição do batismo e tentação de Jesus, fomos testemunhas da apresentação pública e da preparação particular do Rei Jesus, antes de seu ativo ministério.

Em resumo: Você, professor, tem de relacionar constantemente as partes das Escrituras — comparando as histórias com as doutrinas, as profecias com seu cumprimento, os livros com os livros, o Antigo Testamento como Novo, os tipos com os arquétipos, para que o aluno aprenda que a Bíblia não é uma coleção de textos e de fatos separados, estanques, mas uma unidade viva, cujas partes estão relacionadas vitalmente umas com as outras, como os membros do corpo humano. Vimos depois que o professor precisa aplicar continuamente a lição ávida individual, e à coletiva, para que o aluno fique sabendo que todo ensino bíblico está relacionado com os fatos de sua vida. Nenhum ensino bíblico é teórico, sem aplicação prática.

Em Cristo,
Edmilson Santos

sábado, 2 de fevereiro de 2013

“EM NADA TENHO MINHA VIDA POR PRECIOSA”



O preço do ministério cristão

 Diferentemente de muitos pregadores da atualidade, Jesus jamais falou que segui-lo seria algo confortável e isento de sacrifícios. Ele jamais prometeu que aqueles que o seguissem seriam cercados de prosperidade material e saúde física. Esta não era a mensagem de Jesus. Ao contrário, ele fazia questão de ressaltar que ser um crente traria consigo um custo que deveria ser calculado por aqueles que estavam se voluntariando a segui-lo (Lc 14.25-33).
Jesus não estava satisfeito de as pessoas o seguirem pelas razões erradas, sem se darem conta do que realmente estavam fazendo e de como aquilo teria repercussões em sua vida pessoal e social.

Vejamos alguns aspectos do que significava o discipulado para Jesus:

1. Seguir o Senhor Jesus o requer submissão (Mt 4.19; 10.24,25; Jo 15.14).
Não existe a opção Jesus como Salvador ou como Senhor. As duas coisas estão unidas e são inseparáveis. Os herdeiros do reino dos céus são conhecidos pela submissão ao senhorio de Deus (Mt 7.21). Vidas sem compromisso não são a marca daqueles que nasceram de novo.

2. Seguir o Senhor Jesus implica discipulado (Mt 28.19,20; Lc 6.40).
Jesus não estava interessado em atrair milhares de espectadores. Ele não entretinha o seu auditório para mantê-lo confortável e animado. Jesus tinha em vista que aquele que o seguisse tivesse um coração de discípulo, isto é, desejo de aprender, sede pela Palavra, paixão por Deus e pelo seu reino e anelo por ser identificado com Cristo em palavras e, ações.

3. Seguir o Senhor Jesus requer renúncia pessoal e priorização do reino de Deus em sua vida. "Em seguida dizia a todos: Se alguém quer vir após mim) negue-se a si mesmo" (Lc 9.23a).
Negar-se a si mesmo significa reconstruir toda a vida e os projetos pessoais em torno da pessoa e dos interesses de Jesus e do seu reino.

Seguir o Senhor Jesus requer disposição para o sacrifício. “... tome cada dia a sua cruz e siga-me" (Lc 9.23b).
Tomar a cruz significa estar disposto a pagar o preço por estar seguindo a Cristo; o preço da incompreensão, da zombaria e da perseguição por amor a Cristo. A cruz era instrumento de morte. Jesus nos convida a crucificarmos o EU e a levarmos sobre os nossos ombros a sua cruz, sabendo que muitas vezes o mundo não nos entenderá e nos criticará. A isso devemos responder vivendo uma vida marcada pela prática do bem, a fim de que as nossas boas obras sejam um testemunho da alegria de servir a Jesus (Mt 5.16; 1Pe 2.11,12).

Conclusão
O ministério cristão traz consigo diversos desafios para todos nós e, JESUS CRISTO jamais negociou sua mensagem a fim de atrair as multidões. E assim todos nós devemos ter um compromisso com a palavra de Deus e com o Deus da palavra.

Em Cristo,
Edmilson Santos

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A DOR DO ABANDONO



“Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou e se foi para Tessalônica; Crescente foi para a Galácia, Tito, para a Dalmácia.”
II Timóteo 4:10

“As dores do abandono”. Um dos mais terríveis sentimentos experimentados pelo ser humano é o de rejeição. Todos, em algum momento de nossas vidas o vivenciamos em algum grau. Consiste em sentir-se não querido, não amado, não aceito, preterido, discriminado, humilhado. Provoca sensação de abandono e de depreciação. A rejeição pode ser real ou imaginária. A rejeição imaginária pode ser tão dolorosa que a rejeição real. Ocorre nos relacionamentos amorosos, na vida social, familiar ou no trabalho. Você já se sentiu excluído? Rejeitado? Abandonado? De que forma? Em casa? No trabalho? Na igreja? Em Gn 2.18 está escrito que Deus afirmou que não era bom que o homem estivesse só, e desta constatação divina temos que, o sentimento da solidão faz muito mal ao homem.

A DOR DO ABANDONO

Segundo definição: Abandonar é deixar, desamparar, desprezar, renunciar, abrir mão de direitos, entregar-se.
Creio que como o apóstolo Paulo, muitos estão com esse grito de abandono preso na garganta e sofrem por terem experimentado alguma forma  de abandono.
O abandono traz um sentimento de perda, de impotência, de solidão, de baixa-estima, de pessimismo, de aniquilamento pessoal.

JESUS SENTIU A DOR DO ABANDONO

Quando vários discípulos, não suportando a profundidade de sua doutrina, o abandonaram. João 6:66
Na cruz, no momento que mais precisava, os seus discípulos o abandonaram, inclusive o apóstolo Pedro o negou três vezes. Poucos ficaram ao pé da cruz. Jesus sentiu no coração a dor do abandono do Pai e gritou: “Deus meu, Deus meu, Por que me desamparaste?” Mt 27:46

QUEM SÃO OS ABANDONADOS, HOJE?

A dor dos filhos abandonados. (Pelo divórcio, separação e necessidades). A dor dos pais abandonados. (em suas próprias casas, asilos e instituições de amparo). A dor das esposas  abandonadas . A dor dos parentes e famílias desamparadas. A dor dos irmãos desamparados. A dor dos amigos desamparados. A dor de Deus, quando o abandonamos.
“Porque dois males cometeram o meu povo: a mim me deixaram o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas”.Jer 2:13

A dor dos que pensam que Deus os abandonou. Deus nunca abandona o homem; o homem é que o abandona. Deus não  abandona, porque ama.

“Com amor eterno eu te amei; por isso com benignidade te atraí”. Jer 31:3

“Mas Sião diz:” O Senhor me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim. Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti.” Isaías 49:14, 15.

Para aqueles que se sentem abandonados por seus pais, Deus fala através do Salmista Davi, Sl 27:10 “Porque se meu Pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me acolherá”.

O QUE SE DEVE ABANDONAR

O pecado. Pv 28:13; “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia”.
As más companhias. Pv 13:20 “Quem anda com sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará mal.”.
O amor que  há a este século. II Tm 4:10 “Porque Demas tendo amado o presente século, me abandonou…”.

O QUE NÃO SE DEVE ABANDONAR

A confiança e a fé. Hb. 10:35 “Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão”.
A congregação. (A igreja) Hb 10:25 “Não deixemos de congregar-nos como é costume de alguns; antes, façamos admoestações, e tanto mais quando vedes que o dia se aproxima”.
O primeiro amor da vida cristã. Ap 2:4 “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o primeiro amor”.
O amigo. Pv 27:10 Os pais. Ef 6:1, 2 Os filhosII Sm 21:9, 10 Rispa, um exemplo de mãe.  Os cônjuges. (Esposas e esposos) 

CONCLUSÃO

O exemplo de Demas não pode ser seguido. Muitos como o Apóstolo Paulo estão se sentindo abandonados, sentem-se sozinhos no meio de muita gente.
Talvez você tenha sentido a dor do abandono, dos amigos, esposo, esposa, pai, mãe, irmãos, filhos, ou do próprio Deus. Quero te dizer: Deus nunca te abandonou! Ele espera que você se volte para Ele, confessando seus pecados, e o reconhecendo-o como Salvador.

Em Cristo,
Edmilson Santos

sábado, 26 de janeiro de 2013

QUAL É O PAPEL DA ESPOSA NO MINISTÉRIO?

Por: Família pastoral

Um papel de extrema importância! A esposa deve ser uma ajudadora, e não um impedimento. Um Deus soberano, ciente de que chamara tal pessoa para o ministério, irá conduzi-lo a escolher uma esposa que seja uma adjutora, cordata e incentivadora. As agruras do ministério já são por demais difíceis para que se acrescente o fardo de um lar dividido. Se um casal de noivos não concorda quanto ao chamado para o ministério, é melhor que o noivado seja interrompido. Ambos devem orar pela orientação de Deus e esperar até que haja paz e segurança em seus corações. “Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Am 3.3)

Quando o casal já se uniu em matrimônio, a questão fica mais complicada, mas se a esposa for uma boa dona de casa e uma companheira carinhosa, não haverá problema algum. A esposa do pastor é, antes de tudo, uma guardiã do lar; ela não precisa ser uma hábil anfitriã, uma instrumentista talentosa ou uma professora competente. Se puder manter o lar em seu curso, de modo que o marido possa cumprir suas obrigações ministeriais, terá cumprido sua mais importante função.

Infelizmente, existem mulheres que se esquecem do esposo, dos filhos e da casa e passam o dia em um escritório dentro do prédio da igreja. Isso é triste, pois enquanto ela está "edificando" o Reino, o seu casamento, sua casa, sua família estão sendo destruídos aos poucos, e ela nem percebe. Antes de Edificar a casa de Deus, nós precisamos edificar a nossa.

Quando Deus chama o pastor para trabalhar na obra, Deus não chama apenas o pastor, Ele chama toda a família. Então a esposa tem o mesmo chamado do marido, o mesmo coração, mas tem funções diferentes. Nem toda esposa de pastor é pastora, embora muitas vezes o marido e a igreja cobrem que ela desempenhe esse papel.

A igreja sempre vai cobrar da esposa do pastor 1001 utilidades. Ela tem que cantar no louvor, profetizar, ter visões, tem que cuidar das crianças, tem que estar todo o tempo com o pastor e fazer visitas com ele, é isso que eles vão querer. (Elas não conseguiram).

Conheço esposa de pastor de igreja, que estão fazendo tratamento por causa do stress, problemas emocionais, pois não conseguiram lidar com tantas cobranças. Acham que estão em débito com a igreja, ou com o marido, ou com os filhos. Elas não conseguem fazer o que precisam, ou o que Deus espera de cada uma delas.

OBS: Ser boa companheira também fala de questões íntimas, de prazer sexual. A questão íntima é uma área que precisa DA MAXIMA ATENÇÃO. Algumas mulheres acham que por seus maridos serem crentes jamais irão traí-las e negligenciam a questão sexual e levam uma vida conjugal ruim, insatisfatória.

Atenção esposas! Olhem bem se o seu papel está sendo bem administrado. Se há dúvida, pare agora e reavalie suas atitudes. Pr. Josué Gonçalves tem uma frase que sempre resume tudo: “NENHUM SUCESSO JUSTIFICA O FRACASSO DE UMA FAMÍLIA”.

Atenção maridos! Essa é para nós, que venhamos a ajudar nossas esposas a cumprirem seu papel, não exigindo além do que elas possam carregar...

Em Cristo,
Edmilson Santos  

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A igreja como agente transformador na história

Por: Hernandes Dias Lopes

A IMPORTÂNCIA DA PREGAÇÃO  PARA O CRESCIMENTO SAUDÁVEL DA IGREJA


Neemias 8 é um grande modelo da pregação expositiva que produz o verdadeiro crescimento espiritual.
Martin Lloyd-Jones disse que a pregação é a tarefa mais importante do mundo. A maior necessidade da igreja e a maior necessidade do mundo.
Calvino entendia que o púlpito é o trono de onde Deus governa a sua igreja.
I. O AJUNTAMENTO PARA OUVIR A PALAVRA DE DEUS – v. 1-2
1. É espontâneo – v. 1
Deus moveu o coração do povo para reunir-se para buscar a Palavra de Deus. Eles não se reuniram ao redor de qualquer outro interesse. Hoje o povo busca resultados, coisas, benefícios pessoais e não a Palavra de Deus. Querem as bênçãos de Deus, mas não Deus. Têm fome de prosperidade e sucesso, mas não têm fome da Palavra.
2. É coletivo – v. 2,3
Todo o povo: homens e mulheres reuniram-se para bsucar a Palavra de Deus. Ninguém ficou de fora. Pobres e ricos, agricultores e nobres, homens e mulheres. Eles tinham um alvo em comum, buscar a Palavra de Deus. Precisamos ter vontade de nos reunir não apenas para ouvirmos cantores famosos ou pregadores conhecidos, mas reunirmo-nos para ouvirmos a Palavra de Deus. O centro do culto é a pregação da Palavra de Deus.
3. É pontual – v. 3
O povo todo estava presente desde o nascer do sol. Eles se preparam para aquele grande dia. Havia expectativa no coração deles para ouvir a lei de Deus. A Palavra precisa ser prioridade para sermos pontuais.
James Hunter diz que uma pessoa que se atrasa sistematicamente para um compromisso transmite várias mensagens: 1) O tempo dela é mais importante do que o dos outros; 2) As outras pessoas que ela vai encontrar não são muitos importantes para ela; 3) Ela não tem o cuidado de cumprir compromissos.
4. É harmonioso – v. 1
“Todo o povo se ajuntou como um só homem” (v.1). Não havia apenas ajuntamento, mas comunhão. Não apenas estavam pertos, mas eram unidos de alma. A união deles não era em torno de encontros sociais, mas em todo da Palavra de Deus.
5. É proposital – v. 1
“e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o Senhor tinha prescrito a Israel” (v. 1). O propósito do povo era ouvir a Palavra de Deus. Eles tinham sede da Palavra. Eles tinham pressa de ouvir a Palavra. Não era qualquer novidade que os atraía, mas a Palavra de Deus.
II. A SUPREMACIA DA PALAVRA DE DEUS
1. O pregador precisa estar comprometido com as Escrituras – v. 2,4,5
Esdras era um homem comprometido com a Palavra (Esdras 7:10). Eles não buscam alguém para lhes contar bonitas experiências, mas eles procuram um fiel expositor das Escrituras.
A maior necessidade da igreja é de homens que conheçam, vivam e preguem a Palavra de Deus com fidelidade. A pregação é a maior necessidade da igreja e do mundo. A pregação é a tarefa mais importante que existe no mundo.
O impacto causado pela leitura da Palavra de Deus por Esdras é comparado ao impacto da Bíblia na época da Reforma do século XVI.
Precisamos nos tornar o povo “do livro”, “da Palavra”. Não há reavimamento sem a restauração da autoridade da Palavra.
Exemplo: Milagres X Palavra – Atos 2.
2. O pregador precisa estar comprometido com o Deus das Escrituras
a) Piedade – A vida do pregador é a vida da sua mensagem. Só prevalece em público, quem prevele em oração na intimidade. David Larsen disse que é mais importante ensinar um pregador a orar do que a pregar. Sem oração não há pregação de poder.
b) Fome de Deus – oração e jejum – o pregador é um homem em fogo. Se ele não arder no púlpito o povo não poder. Moody disse que deveríamos acender uma fogueira no púlpito. O pregador precisa ter mais fome de Deus do que de livros.
c) Fome da Palavra – O pregador precisa ser um estudioso. Quem não gosta de ler, certamente não deve ter o chamado para o ministério. Paulo fala que precisamos nos afadigar na Palavra.
d) Paixão – O pregador é um homem diz como Paulo (At 20:24). É como John Bunyan que prefere a prisão ao silêncio. O pregador e o ator Magready. David Hume e George Whitefield.
3. O povo precisa estar sedento das Escrituras – v. 1,3
A Bíblia é o anseio do povo. Eles se reúnem como um só homem (v. 1), com os ouvidos atentos (v. 3), reverentes (v. 6), chorando (v. 9) e alegrando (v. 12) e prontos a obedecer (v. 17).
Eles querem não farelo, mas trigo. Eles querem pão do céu. Eles querem a verdade de Deus. Eles buscaram pão onde havia pão.
Muitos buscam a Casa do Pão e não encontram pão. São como Noemi e sua família que saíram de Belém e foram para Moabe, porque não havia pão na Casa do Pão. Quando as pessoas deixam a Casa do Pão encontram a morte. Há muita propaganda enganosa nas igrejas: prometem pão, mas só há fornos frios, prateleiras vazias e algum farelo de pão.
4. Atitudes do povo em relação às Escrituras
a) Ouvidos atentos (v.3) – O povo permaneceu desde a alva até ao meio-dia, sem sair do lugar (v. 7), com os ouvidos atentos. Não havia dispersão, distração, enfado. Eles estavam atentos não ao pregador, mas ao livro da lei. Não havia esnobismo nem tietagem, mas fome da Palavra.
b) Mente desperta (v. 2,,3,8) – A explicação era lógica, para que todos entendessem. O reavimento não foi um apelo às emoções, mas um apelo ao entendimento. A superstição irracional era a marca do paganismo. Oséias 4:6: “O povo está sendo destruído porque lhe falta o conhecimento”.
c) Reverência (v.5) – “Esdras abriu o livro à vista de todo o povo, porque estava acima dele; abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé”. Essa era uma atitude de reverência e respeito à Palavra de Deus. Esse púlpito elevado não era para revelar a infalibidade do pregador, mas a supremacia da Palavra.
d) Adoração (v.6) – Esdras ora, o povo responde com um sonoro amém, levanta as mãos e se prostra para adorar. Onde há oração e exposição da Palavra, o povo exalta a Deus e o adora.
III. A PRIMAZIA DA PREGAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS
1. Ler o texto das Escrituras – v. 2,3,5
A leitura do texto é a parte mais importante do sermão. O texto é a fonte da mensagem e a autoridade do mensageiro. O sermão só é sermão se ele se propõe a explicar o texto.
2. Explicar o texto das Escrituras – v. 7,8
O Cristianismo é a religião do entendimento. Ele não nos rouba o cérebro. O sincretismo religioso anula a razão.
Pregar é explicar o texto. A mensagem é baseada na exegese, ou seja, tirar do texto, o que está no texto. Não podemos impor ao texto, nossas idéias. Isso é eixegese.
Calvino dizia que pregação é a explicação do texto. O púlpito é o trono de onde Deus governa a sua igreja.
Lutero dizia que existe a Palavra de Deus escrita, a Palavra encarnada e a Palavra pregada.
Muitos hoje dizem: “Eu já tenho o sermão, só falta o texto”. Isso não é pregação. Deus não tem nenhum compromisso com a Palavra do pregador, e sim com a sua Palavra. É a Palavra de Deus que não volta vazia e não a Palavra do pregador.
3. Aplicar o texto das Escrituras – v. 9-12
O sermão é uma ponte entre dois mundos: o texto e o ouvinte. Precisamos ler o texto e ler o povo. Não pregamos diante da congregação, mas à congregação. Onde começa a aplicação, começa o sermão.
Há um grande perigo da chamada heresia da aplicação. Se não interpretamos o texto corretamente, vamos aplicá-lo distorcidamente. Vamos prometer o que Deus não está prometendo e corrigir quando Deus não está corrigindo. Exemplo: o mel de Sansão.
A exposição e a aplicação da Palavra de Deus produziu na vida do povo vários resultados gloriosos.
IV. OS EFEITOS DA PREGAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS
1. Atinge o Intelecto – v. 8
A pregação é diriga à mente. O culto deve ser racional. Devemos apelar ao entendimento (v. 2, 3,,8,12). John Stott disse que crer é também pensar. Nada empolga tanto como estudar teologia. O conhecimento da verdade encha a nossa cabeça de luz. O povo que conhece a Deus é forte e ativo (Dn 11:32).
2. Atinge a Emoção – v. 9-12
a) Choro pelo pecado (v. 9) – A Palavra de Deus produz quebrantamento, arrependimento, choro pelo pecado. O verdadeiro conhecimento nos leva às lágrimas. Quanto mais perto de Deus você está, mais tem consciência de que é pecador, mais chora pelo pecado. O emocionalismo é inútil, mas a emoção produzida pelo entendimento é parte do Critianismo. É impossível compreender a verdade sem ser tocado por ela.
b) A alegria da restauração (v. 10) – As festas deviam ser celebradas com alegria (Dt 16:11,14)). A Alegria tem três aspectos importantes: 1) Uma origem divina – “A alegria do Senhor”. Essa não é uma alegria circunstancial, momentânea, sentimental. É a alegria de Deus, indizível e cheia de glória. 2) Um conteúdo bendito – Deus não é apenas a origem, mas o conteúdo dessa alegria. O povo regozija-se não apenas por causa de Deus, mas em Deus: sua graça, seu amor, seus dons. É na presença de Deus que há plenitude de alegria. 3) Um efeito glorioso – “A alegria do Senhor é a nossa força”. Quem conhece esta alegria não olha para trás como a mulher de Ló. Quem bebe da fonte das delícias de Deus não vive cavando cisternas rotas. Quem bebe das delícias de Deus não sente saudades do Egito. Essa alegria é a nossa força. Foi essa alegria que Paulo e Silas sentiram na prisão. Essa é a alegria que os mártires sentiram na hora da morte.
3. Atinge a vontade – v. 11-12
a) Obediência a Deus (v. 12) – O povo obedeceu a voz de Deus e deixou o choro e começou a regozijar-se.
b) Solidariedade ao próximo (v. 12) – O povo começou não apenas a alegrar-se em Deus, mas a manifestar seu amor ao próximo, enviando porções àqueles que nada tinham. Não podemos separar a dimensão vertical da horizontal no culto.
V. A OBSERVÂNCIA DA PALAVRA DE DEUS – v. 13-18
1. A liderança toma a iniciativa de observar a Palavra de Deus – v. 13-15
Esdras no dia seguinte organiza um estudo bíblico mais profundo para a liderança (8:13). Um grande reavivamento está acontecendo como resultado da observância e obediência à Palavra de Deus. Essa mudança é iniciada pelos líderes do povo.
Havia práticas que haviam caído no esquecimento. Eles voltaram à Palavra e começaram a perceber que precisavam ser regidos pela Palavra. A Escritura deve guiar a igreja sempre!
A primeira tentação do diabo não foi sobre sexo ou dinheiro, mas suscitar dúvidas acerca da Palavra de Deus.
2. Os liderados obedecem a orientação da Palavra de Deus – v. 16-18
Toda a liderança e todo o povo se mobiliza para acertar a vida de acordo com a Palavra. Havia uma unanimidade em buscar a Palavra e em obedecê-la.
Esse reavivamento espiritual foi tão extraordinário que desde Josué, ou seja, há 1.000 anos que a Festa dos Tabernáculos nunca tinha sido realizado com tanta fidelidade ao ensino das Escrituras. Essa festa lembrava a colheita (Ex 34:22) e a peregrinação no deserto (Lv 23:43). Em ambas as situações o povo era totalmente dependentes de Deus.
Se queremos restauração para a igreja, precisamos buscar não as novidades, mas voltarmo-nos para as Escrituras.
3. A alegria de Deus sempre vem sobre o povo quando este obedece a Palavra de Deus – v. 10,17b
“A alegria do Senhor é a vossa força” (v.10) e “…e houve mui grande alegria” (v.17b). O mundo está atrás da alegria, mas ela é resultado da obediência à Palavra de Deus. O pecado entristece, adoece, cansa. Mas, a obediência à Palavra de Deus traz uma alegria indizível e cheia de glória.
Um povo alegre é um povo forte. A alegria do Senhor é a nossa força. Quando você está alegre, a força de Deus o entusiasma!
CONCLUSÃO
Resultados gloriosos são colhidos quando o povo se volta para a Palavra de Deus:
a) Confissão de Pecado – NO capítulo 9 vemos uma das mais profundas orações da Bíblia onde Neemias confessa o seu pecado e o pecado do seu povo. Sempre que a Palavra é exposta há choro pelo pecado e abandono do pecado.
b) Aliança com Deus e reavimento – No capítulo 10, os líderes e o povo fazem uma aliança com Deus de quem deixariam seus pecados e andariam com Deus. E então, houve um grande reavivamento espiritual que levantou a nação.
Em Cristo,
Edmilson Santos