domingo, 16 de outubro de 2011

"TIVE FOME E ME DESTE DE COMER (PARTE 2)


A IGREJA E O SER HUMANO NECESSITADO

Seguindo o exemplo de Jesus, a igreja também deve procurar viver um cristianismo preocupado com o sofrimento e as necessidades materiais humanas. Tocados pelo exemplo de Jesus, precisamos viver na prática o mandamento de amar ao próximo exemplificado pelo exemplo do nosso Senhor.

1. Precisamos estar atentos às pessoas necessitadas entre nós. Por mais rica que seja uma igreja, certamente haverá em sua membresia pessoas necessitadas. Não podemos fazer vistas grossas com relação aos nossos irmãos e irmãs que se assentam conosco para cultuar e que podem estar vivendo situações de fome,
miséria, pobreza de vestuário, precariedade de habitação ou desemprego.

2. Tomemos a iniciativa de suprir as necessidades das pessoas. Não esperemos que as pessoas muito necessitadas venham a nós pedindo uma ajuda. Se forem identificadas necessidades reais, então sejamos os primeiros a ajudar, garantindo o anonimato de quem recebe a nossa ajuda.

3. Não deixemos de fazer a nossa parte pessoal, desculpando-nos porque a nossa igreja tem um setor de ação social ou beneficência. A ajuda comunitária não nos isenta de sermos pessoalmente misericordiosos e solidários (Mt 25.34-40). Façamos muito enquanto igrejas, mas, também, façamos muito enquanto indivíduos.

4. Ajudemos sem recriminar o outro pelos motivos que causaram a sua necessidade. Ajudemos sem acusar, sem lançar em rosto a nossa ajuda.

5. "Dê o peixe e, se possível, também ensine a pescar". Ajude materialmente, mas se puder fazer algo mais representativo pela pessoa necessitada, faça-o como, por exemplo, ajudando-a a conseguir um emprego.

6. Ajude sem esperar nada em troca. Muitas vezes nos decepcionamos porque queremos ajudar e esperar o reconhecimento das pessoas. Lembremo-nos deque a gratidão não é a tendência natural do ser humano, mas, mesmo assim, vale a pena socorrer os necessitados (Lc 7.12-19). Também está errado ajudar quem precisa e cobrar dele como resposta a sua conversão.
Muitas igrejas fazem ação social pensando assim. Mas, tornar-se crente não é resultado de barganha ou caridade. A conversão é obra do Espírito Santo no coração do pecador. Se isso acontecer espontaneamente na vida da pessoa ajudada, então, "glória a Deus!"; se não, continuemos a ajudar mesmo assim.

CONCLUSÃO

Deixei isto para o final: Não esperemos apenas que Deus transforme a realidade material do mundo; façamos a nossa parte. Não vote em quem não tem compromisso com os pobres. Não eleja políticos que se envolveram em corrupção ou escândalos financeiros. Não venda ou troque o seu voto por objetos ou cestas básicas. Não apoie pessoas que vivem à custa da pobreza e miséria alheias. Como cristãos, vivamos uma vida sem esbanjamento nem ostentação. O exagero em termos de posses não combina com o filho de Deus. Viva dignamente, mas não faraonicamente. Use o seu dinheiro para socorrer e abençoar. Pense em quantas crianças pobres você pode ajudar comprando uma roupa nova ou material escolar; em quantos idosos carentes você poderia socorrer para diminuir a fome e as doenças por falta de remédios; em quantas crianças de rua poderiam ter um futuro menos sombrio se você as ajudasse com pelo menos um pouco. Não se desculpe, faça a sua parte para transformar o mundo e minorar a dor e o sofrimento daqueles que o cercam (Mt 5.16).

Em Cristo,
Edmilson Santos

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