terça-feira, 11 de outubro de 2011

ADORAÇÃO (parte 2)


Duas classes de adoradores

 Em Gênesis 4, começamos a perceber os sinais da degradação moral que estava acontecendo após a queda. Lameque se tornou polígamo e depois se envolveu em algum tipo de violência que trouxe medo ao seu coração. Em contrapartida, Gênesis 4:25, 26 mostra que algumas pessoas estavam procurando ser fiéis, pois naquela época os homens começaram “a invocar o nome do Senhor”.

 3. Leia Gênesis 6:1-8. O que se desenvolveu ali e por que isso foi tão perigoso? Quais foram os resultados dessa situação?

Aos poucos, as duas classes de adoradores começaram a se fundir (Gn 6:1-4). Porém, apesar da grande maldade na Terra, havia homens santos de grande intelecto, que mantinham vivo o conhecimento de Deus. Embora somente alguns deles sejam mencionados nas Escrituras, “durante todos os séculos Deus teve fiéis testemunhas, adoradores dotados de coração sincero” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 84). A maldade do coração humano, entretanto, se tornou tão grande que o Senhor teve que destruir a humanidade e começar tudo de novo. Por isso ocorreu o dilúvio.

4. Depois que Noé saiu da arca, qual foi a primeira coisa que ele fez? Por que isso é importante? Gn 8:20

Como é maravilhoso o fato de que a primeira coisa que Noé fez foi adorar! E o sacrifício foi fundamental nessa adoração. Esse foi o primeiro registro dos patriarcas edificando um local de culto, um altar no qual pudessem oferecer seus sacrifícios. Assim, antes de fazer qualquer coisa, Noé reconheceu sua total dependência do Senhor e do Messias vindouro, que daria Sua vida para redimir a humanidade. Noé sabia que havia sido salvo apenas pela graça de Deus, sem a qual ele teria perecido com o restante do mundo.
 Como você mostra, diariamente, reconhecimento pela graça de Deus em sua vida? E ainda mais importante, como você deve expressar essa atitude?

 A fé demonstrada por Abraão

 5. Leia Gênesis 12:1-8. O que esses versos revelam sobre Abrão (que teve o nome mudado para Abraão) e o chamado de Deus para ele?

Abraão, um descendente de Sete, foi fiel a Deus, embora alguns de seus parentes tivessem começado a se entregar à adoração de ídolos, que era tão comum em sua cultura. Mas Deus o chamou para que ele se separasse de seus familiares e de seu ambiente confortável, para se tornar o pai de uma nação de adoradores, que defenderiam e representariam o verdadeiro Deus.
Não há dúvida de que ele e Sara influenciaram muitos a aceitar a adoração ao verdadeiro Deus. Mas havia também outra razão pela qual Deus chamou Abraão para que fosse o pai de uma nova nação: “Porque Abraão Me obedeceu e guardou Meus preceitos, Meus mandamentos, Meus decretos e Minhas leis” (Gn 26:5, NVI). E outra razão: “Ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça”
(Gn 15:6). Ao mesmo tempo, porém, Abraão teve que aprender algumas lições cruciais e dolorosas.

6. Leia Gênesis 22:1-18. Por que Abraão foi submetido a essa terrível prova? Na verdade, que mensagem Deus queria que ele entendesse (v. 8, 13, 14)?

Como vimos, o centro do plano da salvação é a morte de Jesus, o Filho de Deus, e desde o início essa morte foi simbolizada pelo sistema de adoração por meio de sacrifícios. Enquanto o Senhor queria que as pessoas utilizassem apenas animais, nas culturas pagãs, as pessoas sacrificavam os próprios filhos, algo que Deus disse que odiava (Dt 12:31). Quaisquer que tenham sido as poderosas lições pessoais sobre fé e confiança, aprendidas por Abraão, por meio dessa provação, esse ato permanece através dos séculos como um símbolo incrivelmente poderoso da centralidade da morte de Cristo para a salvação. Embora a humanidade pudesse ser salva apenas através da morte de Cristo, poderíamos imaginar que Abraão tivesse sentido um pouquinho da dor que a morte de Cristo deve ter causado ao Pai.
 Pense sobre o tipo de fé que Abraão demonstrou. Foi verdadeiramente maravilhoso. É difícil imaginar! O que isso deve nos ensinar sobre a fraqueza da nossa fé?

Betel, a Casa de Deus

 Jacó e Esaú, e também Caim e Abel, representam duas classes de adoradores. O espírito aventureiro e corajoso de Esaú apelou a seu tranquilo e reservado pai. Jacó, por outro lado, parecia ter uma natureza mais espiritual. Mas ele também tinha algumas graves falhas de caráter. Jacó queria obter o direito de primogenitura, que legalmente pertencia a seu irmão gêmeo. Mas, para obtê-lo, ele se dispôs a se envolver no esquema enganoso de sua mãe. Como resultado, Jacó ficou com medo e fugiu para escapar do ódio e da ira de seu irmão. Nunca mais ele viu sua querida mãe.

 7. Leia a história da fuga de Jacó (Gn 28:10-22). Observe as mensagens de encorajamento e segurança que Deus lhe deu por meio de um sonho. Qual foi a resposta de Jacó?

Esta é a primeira menção da “Casa de Deus” em Gênesis (v. 17). Embora para Jacó fosse apenas uma coluna de pedra, Betel se tornou um lugar significativo na história sagrada. Ali Jacó adorou o Deus de seus pais. Ali ele fez uma promessa de fidelidade ao Senhor. E, como Abraão, prometeu devolver a Deus o dízimo, um décimo de suas bênçãos materiais, como ato de adoração.
Perceba o senso de temor e admiração de Jacó na presença de Deus. Ele deve ter compreendido mais do que nunca a grandeza de Deus em contraste com ele e, assim, a Bíblia registra sua atitude de medo, reverência e espanto. O que ele fez em seguida foi adorar. Naquele momento, também, vemos um princípio sobre o tipo de atitude que devemos ter na adoração: uma atitude revelada em Apocalipse 14:7, no chamado para temer a Deus.
Adoração não é nos aproximarmos de Deus como faríamos a um amigo ou colega. Nossa atitude deve ser a de um pecador que precisa desesperadamente de graça, caindo diante do Criador, com senso de necessidade, temor e gratidão, pelo fato de que Deus, o Criador do Universo, nos amou e fez um grande sacrifício para nos redimir.
 Quanta admiração, reverência e temor, você tem quando adora ao Senhor? Ou seu coração é duro, frio e ingrato? Nesse caso, como você pode mudar?

Em Cristo,
Edmilson Santos

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